Para garantir a saúde dos profissionais e dos pacientes, produtos médicos hospitalares não devem ser reutilizados. É imprescindível que o descarte seja realizado corretamente, para evitar também a contaminação após o envio para o lugar correto. Nesse caso, pessoas que não necessariamente teriam contato com esses materiais podem ser contaminadas de outras formas. Um exemplo é o estetoscópio, um dos produtos mais utilizados por médicos e enfermeiros, que aparentemente apresenta um baixo risco de contaminação, mas que também deve ser higienizado e corretamente descartado.
Da mesma forma, otoscópios, que servem para o médico observar o interior da orelha dos pacientes, apresentam risco de contaminação. Muitas das doenças que levam os pacientes a buscar um médico são transmissíveis, mesmo que o próprio doente são saiba no momento. O médico, muitas vezes, também não sabe a gravidade da doença na consulta preliminar, por isso deve tomar cuidado e higienizar seus equipamentos. Enfermeiros, técnicos e profissionais da área também devem ter a noção da responsabilidade que carregam. Se houver algum descuido, pacientes e pessoas que entrarem em contato com aquele material podem ser contaminados, e a doença pode até mesmo se manifestar de forma mais grave nestas pessoas.
Os exemplos citados até então, o estetoscópio e o otoscópio, são usados no dia a dia de médicos e profissionais da saúde e muitos sabem a gravidade do descarte incorreto. Porém, em equipamentos mais simples e usados em momentos pontuais, como cadeiras de rodas, a preocupação com a higienização pode ser deixada de lado em algum momento. Por não serem todos os pacientes a usarem dela, alguns nem mesmo por muito tempo, pode ser que não seja esterilizada adequadamente. Neste caso, vírus, bactérias e fungos podem ficar alojados em pontos estratégicos do material, prejudicando assim tanto o próximo paciente que precisar da cadeira de rodas, quanto o profissional que está responsável por ele.